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A história da cerveja



Uma das bebidas mais consumidas e populares do mundo, a cerveja tem seu surgimento ligado a um forte contexto histórico e cultural. Atualmente o processo para sua produção conta com amplo aparato tecnológico de automatização, quando produzida em larga escala, mas há milhares de anos a forma de sua produção e os insumos básicos envolvidos foram sendo modificados até se obter o que se conhece hoje por cerveja.

Historiadores estimam que esta apreciada bebida foi produzida pela primeira vez a cerca de seis mil anos antes de Cristo, onde registros apontam para a região do Mesopotâmio, na Suméria, local em que a cevada cresce em estado selvagem. Cerca de 40% da produção de cevada da região tinha com fim a produção de cerveja, sendo destinadas as cervejarias que eram conhecidas como “casas de cerveja”, mantidas por mulheres. Em seguida foi a vez dos egípcios incorporarem a cultura cervejeira ao seu dia a dia, agregando o líquido a sua dieta diária, carregando a tradição no milênio seguinte.

Foi por meio da expansão do Império Romano que a cerveja começou a se espalhar pelo mundo. Júlio César era um grande admirador da bebida e introduziu a cerveja aos britânicos quando esse povo bebia apenas licor de mel e leite e foi através dos romanos que a cerveja também chegou à Gália, território que hoje se encontra a França.

Foi nesse momento que a bebida ganhou o nome latino que conhecemos hoje. Os gauleses chamavam a bebida de cevada fermentada de “cervisia” ou “cerevisia” em homenagem à deusa da agricultura e fertilidade, Ceres.

Durante a Idade Média, a fabricação de cerveja foi assumida pelos conventos, já que, até o momento, a produção da mesma era considerada uma atividade familiar, como cozer o pão ou fiar o linho. Aos poucos, acompanhando o crescimento dos aglomerados populacionais entre os séculos XII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, contudo, até por volta do século XI, o monopólio da fabricação de cerveja continuou com os conventos.



Até meados do século XVI, eram utilizados os mais diversos ingredientes para a elaboração da cerveja com o intuito de aromatizar o produto, como cerejas silvestres, folhas de pinheiro e variadas ervas.

Foi então que o Duque Guilherme IV da Baviera, para regularizar o processo decretou a Lei da Pureza, em 1516, a qual determina que os ingredientes que podem ser usados na produção de cerveja são a água, lúpulo e cevada. A levedura só foi adicionada a receita posteriormente.

Daí em diante, com o desenvolvimento econômico e com a revolução industrial, começou a surgirem empresas de produção de cerveja e, ainda, com o advento da química, tornou-se possível entender melhor o processo e traçar um maior domínio sobre o mesmo até que se chegasse à ampla variedade de estilos de cervejas que existem atualmente.

 
 
 

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